quinta-feira, 4 de outubro de 2012

lua de mel


deveras, avivo-me
e me suporta o som
de teu violão...

Ave vinho!
e tudo tão suave...
arde em nós
véspera de abortado e eterno feriado!

2 comentários:

  1. O mel que dela escorre
    É meu
    Assim como meu é
    O dedão do pé
    Que ela não tem
    E o seu singular minguar
    Até desaparecer
    Ou ficar tão bronzeada
    Que não possa ser vista
    Quando anda nua ao léu
    Então construo a jangada
    De gemidos enviolada
    Que sobe devagar
    e loucamente ao céu
    e penetra nas nuvens
    até cair de novo em raios
    apaixonados sobre os amantes
    as taças de vinho
    e todos aqueles que transitam
    em seu caminho

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  2. Partilhemos sua pele branca e nua
    quando lânguida se joga sobre nós
    essa louca que tu dizes ser só tua
    é um ente entre a gente e os lençóis

    não me importo, seja sua, se preciso
    entre o siso e um sorriso que não dei
    reine a lua que nos põe no paraíso
    e a paixão seja nossa única lei.

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