É
necessário saber que solo é mais fértil
à planta dos pés.
Asfalto ou trilha no mato?
Reta ou fechadas curvas?
Descalço ou de sapato?
Pisando em ovos ou em uvas?
O bom caminho só vem depois.
É preciso optar pelo amargo ou pelo azedo,
decifrar nas papilas o sabor que eriça os pelos
e, sozinha, com cuidado e zelo,
construir a sensação da sobremesa.
A saciedade só vem depois.
Há que se ter argúcia
De mirar
o próprio rosto
e identificar as minúcias
que para a vida dão gosto.
Felicidade só vem depois.
Não me assusto
quando a solidão
sobre mim bafeja:
antes quero descobrir,
com calma vagarosa,
o que meu ser deseja...
tudo o que quero
de um dia
como hoje
é
apreender
o que aos outros foge:
para namorar
alguém,
outrossim,
eu preciso antes
namorar a mim.
Lindo, Eli! O mais bonito que li até hj sobre o tal dia dos namorados... Vou usar como "receita" e "caminho" e tentar, como vc, minha querida poeta, não me assustar "quando a solidão sobre mim bafeja". Amo-te. beijos. Mi
ResponderExcluirSo vc pra falar de uma data tao piegas e conseguir ser linda e sincera, como tudo que faz, Adorei Eli <3
ResponderExcluirkalyua
Linda demais! Eli vc é 10!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirEu me encaixo nessa poesia, perfeita!!!!!!!!!!!!
Hoje o dia pede!Até pra quem estar sem...rrsrsrrs
parabéns pelas sábias palavras
Linda demais! Eli vc é 10!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirEu me encaixo nessa poesia, perfeita!!!!!!!!!!!!
Hoje o dia pede!Até pra quem estar sem...rrsrsrrs
parabéns pelas sábias palavras
Nossa que linda linda linda, eu amei maninha, um sorriso que despertou em meu ser ao simplesmente sua poesia ler....Giih
ResponderExcluirO dia dos namorados passou
ResponderExcluire um poema não foi publicado
a sua carne mais branca
amassada de travesseiro
esperando a tinta do desejo
quedou-se na lata de lixo
da inutilidade simbólica
Os orgasmos abandonados
na prateleira mais alta
dos sons animalescos
esqueceram de existir
Os cheiros da importância
do outro na existência do eu
a vaca do tempo lambeu
ou derramou no chão memória
Agora resta saber se virá um dia
num pote no final do arco
da tua íris ou no barco
em que é preciso navegar
um fortuito encontro ou lugar
em que a paisagem insaciada
pela beleza da boca molhada
se transforme em mar agitado
ou em represa que arrebenta
e que uivando se reinventa
todo dia em todo lugar