choveu
e eu e eu e eu
caída na cama,
- faltando-me o ar -
chorava mansinho
me salgando
devagar
não houve espaço
naquela triste tarde
pra nada do que hoje me arde...
o tempo passa
estou doce
mas quando chove
como agora
eu penso naquele terreno
que outrora
comprei no cemitério
não entendo do mistério
que foi depositar
o resto do teu corpo amado
naquele lugar
quando chove
eu me pergunto um pouco
antes do sal me calar:
como irás me receber
quando contigo
eu voltar a morar?
eu gostei bastante da sua poesia por hora eu lesse, a espinha me ardia uma obra como essa que pena que o tema parece ja ter acontecido queria eu,ele não ter morrido para acontecer uma obra tão expressa.
ResponderExcluirabraço josé junio
=/
ResponderExcluir=/
ResponderExcluirÉ quando chovemos pro lado de fora
ResponderExcluirDa cara que a vida fica afogada
Na garganta da janela onde a chuva
Também se atira para morrer calada
É quando os nervos da despedida
Distendidos numa harpa desafinada
São tangidos pela mordaça da memória
Que nada queremos pensar da historia
É quando a dor do olhar racional
E triste se aproxima do oco bucal
Tornando a vontade do beijo agonia
Que se vê na poesia toda valia
É quando por fim a tua presença
Linda e serena se afasta e descansa
Que a vida parece viver em trança
E a gente não quer mas balança
Mibi, meu querido
ResponderExcluirmais do que me fazer companhia
você me ajuda a pensar nisso tudo
e a fazer da poesia
o meu choro menos mudo.