ah como desce mal esse gole
antes queimasse feito cachaça
antes doesse feito pedaço
grande demais
mas não.
como desaprender
e se desprender
desses séculos de amor
que nos envolvem?
por ora o amor des-envolve-se
e as novas formas
parecem devolver a tudo
o acordo frio
calculado
seco
de muito outrora.
antigos
eu e você gostamos da queda
do soco no estômago
do susto que é amar
solidamente
e do risco de dar
de cara na pedra
do gesto repetido
na ponta da faca.
para nós não se indica
o amor líquido, não:
é certeza de mais ressaca
e menos alucinação...
Quem não bebe, nunca saberá como é bom chorar. Ou vice-versa, sei lá.
ResponderExcluirBelo poema, Especial Mulher. Confesso que tenho evitado amor líquido e até vida líquida kkkk Mas um porre de vez enquanto é bom....
ResponderExcluirO amor líquido a que me refiro aqui é o mesmo de que trata o Bauman em um livro que adoro:"Amor líquido, sobre a fragilidade dos laços humanos". Tem resenha no site http://www.institutohypnos.org.br/?page_id=3567
ResponderExcluirMe afogo...e lembro de teu me afogas quando me falas.
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