terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Do meu romantismo - Refeito

Acusação: romântica

E não sou?
Sou lobo de matilha
do tipo que compartilha
o uivo para a lua.
Apaixonada
cometo pequenos e calculados delitos:
roubo
beijos
sequestro-me
por horas
mato
saudade e desejo.
Guardo na boca vazia
o sabor da noite passada
ainda que me digam 'louca'
- que heresia! -
toda aventura será pouca

"E digo mais"
meu rapaz:
em tempo de tanto egoísmo
e medo do outro e engano
e ciúme e posse e mentira
luto e danço
sob outra lira.
Em tempo de gente que pira
por carro, casa e grana
eu só posso achar bacana
amar assim, por amar.

Se sou romântica? Sou.
Nada mais a declarar.

O poema original publicado às quatro da manhã no facebook merecia uma mexida. Foi o que fiz. Se quiser conferir o original, acesse https://www.facebook.com/note.php?note_id=243581875717965




4 comentários:

  1. És não és?
    Aquela que xingo as três da manhã
    Quando penso no que fazemos
    Um ao outro
    E aos outros
    E outros
    Que se nos entrelaçam no caminho
    Quando penso no vinho derramado
    E no pecado que é pegar um táxi na chuva
    Só pra saber se teu gosto de uva
    Ainda é aquele das orgias imaginadas
    Das coisas levadas
    Sobretudo aquelas de apertar a campainha e correr
    Ou dos pezinhos frios de madrugada
    Colocados estrategicamente no start do mundo

    Aquela que me rouba fôlegos nos beijos
    Que deixo como migalhas no caminho do seu perder
    Aquela que quer ver nas estrelas
    Cada um dos delitos da ingenuidade
    Do estar acordado para os amores daquele momento
    E não mais
    Aquela minha estranha paz
    De acreditar na sua melodia
    E pensar no seguinte dia
    Como uma abstração artística e inusitada
    Já que da noite passada
    Ainda não desmaiaram os gostos e cheiros
    Ah quantos temperos já sequestrados
    Das tuas manhas geraram dúvidas
    no próprio criador?

    És não és?
    E se não fores este ser raro
    Eu te declaro!

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  2. Verdadeiro, do fundo da alma. Profundo, daqueles que fala por ti, que não há mais o que complementar.

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  3. Verdadeiro, do fundo da alma. Profundo, daqueles que fala por ti, que não há mais o que complementar.

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  4. Ahhh menina!! Que maravilha de poema!! penso parecido e tangencio pela poesia dos dias...
    Bjo!!
    * me encantando com tudo por aqui!!!

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