Há quem confunda a dor que é dor
com a dor cantada
e há quem não suporte o retrado da dor
que observo e pinto...
Mas a questão pela qual não busco o esturpor
nem me faço anestesiada
é singela e cheia de egoísmo:
há visão tão bela
quanto a de um abismo?
Se a flor da beira me rende lirismo,
me rende perfume
e me rende sentido pra vida e o ciúme
buscar essa flor é ser suicida?
Não me assusta sofrer,
romper o coração,
não me assusta cair,
me desespera
é perder a hora e não desejar a beleza mais rara
só por estar presa
ao medo da tristeza
ou à obrigação de sorrir.
buscar essa flor é ser suicida?
ResponderExcluirÉ.
Mas ser suicida não implica em morrer, assim como desistir da morte não implica em viver...
Tenso, né?
é vero...
ResponderExcluirNão há explicação para a busca do amor. Quando vemos, à ele estamos presos diante de sua imensa liberdade.
Ou a gente se arrisca à dor, ou morre na incerteza do que poderia ter sido.
ResponderExcluirresumindo: sempre há morangos que valem o abismo!
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