segunda-feira, 17 de outubro de 2011

morta viva

tonta
observa em si
seus mortos.
estabelece um trato
com o mal
e queima os portos.
finge não ter medo do contorno do tempo
adiantando-se ao nada.

é noite
em pedaços solitários
espalhados pelo quarto
ela chora convulsiva
sabendo-se tão morta
quanto viva.

6 comentários:

  1. Preciso mesmo assinar?17 de outubro de 2011 às 20:31

    tu choras porque teme tua vontade
    entre aqueles impiedosos perigos
    dos amores que sequer teve
    ou dos que a fez perder-se de ti

    aquilo, seus entraves
    sua falta e a verdadeira dor
    o medo de se expor
    que hoje corrói por não poder se opor

    porque mais forte que tu
    e menor que todos é o amor
    se permitir ou não
    sabes que insistir é em vão

    o que nos resta
    sentir ou querer sem saber
    seus medos e a doce verdade
    restou apenas a realidade

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  2. o tempo
    refresca os medos
    antecipa degredos
    e tira o sentido dos segredos.

    el tiempo ha demonstrado
    el arreglo y el error
    e se hecho un herido perro
    yo me he retirado
    para mi, ya está explicado.

    Hoje as portas estão abertas
    para tuas incertas
    e a realidade é apenas
    aquilo que dela, serenas,
    nós fizermos, destemidas.
    E será isso
    o substrato de nossas vidas.

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  3. hoje me falas em dedicação
    mas por que tenho que pular
    assim, sem forças
    num abismo, num vão

    eu que já nem sei o que é certo
    e do destino tirei qualquer dor
    para assim poder dispor
    de um pouco mais
    um pouco mais
    e mais... de amor

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  4. precisa dizer mais nada. você tem uma escuta aqui no meu quarto?????

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