Rebeca, menina
sapeca, boneca, moleca
seriam só rimas...
ela é um tom acima.
Helena é um poema à pena
como pode, tão serena
ser terrena?
E Clarisse,
essa que tão cedo
um não me disse,
me ensinando
que a sandice de mãe ser
não seria só doce...
Sobre acertos e enganos
o tempo nos vigia feito um monge
há vinte anos.
E a cada dia elas são
a história mais bonita
por nós escrita e reescrita
a tantas mãos.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
as passarinhas
imagem de Weslei disponível em http://olhares.uol.com.br/tres_passarinhos_cantando_musicas_doces_foto2863838.html
tão magrinhas
inteligentezinhas
caladinhas
companheirinhas
e alegrinhasdestruindo
meus desenganos
elas passam
- as passarinhas -
há vinte anos...
sábado, 27 de agosto de 2011
exangue
imagem: http://fottus.com/lugares/marte-o-planeta-vermelho/
acordo rio
vertendo-me líquida.
O sábado e o sol
não fazem sentido
a não ser por comporem
com o vermelho que me jorra da boca
a estopa que me estanca.
acordo rio
e nada me encanta.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
ilusória
EU,
luz de constelações inteiras
diante de um universo ofuscado.
Tudo em mim exacerba e brilha,
e em mais nada
tal maravilha transparece.
Ser melhor
é o bom mal de que meu ser padece.
luz de constelações inteiras
diante de um universo ofuscado.
Tudo em mim exacerba e brilha,
e em mais nada
tal maravilha transparece.
Ser melhor
é o bom mal de que meu ser padece.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
ardilosa
queima em mim um verão ameno
e há menos espaço e sonho
no que sou
tudo é pequeno!
no outro
tudo exacerba e brilha
no outro a maravilha transparece
enquanto, ardilosa,
ela me aquece...
e há menos espaço e sonho
no que sou
tudo é pequeno!
no outro
tudo exacerba e brilha
no outro a maravilha transparece
enquanto, ardilosa,
ela me aquece...
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
Seca
em silêncio
não olhou em volta
não tocou nos móveis
nem sorriu
não deixaria
palavra
atenção ou sorriso
não doaria
nada de si
não olhou em volta
não tocou nos móveis
nem sorriu
não deixaria
palavra
atenção ou sorriso
não doaria
nada de si
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
insana
por ela ama-se
o amargo
e o ácido
o sal e o mel
por ela engulo
até o insípido
e o resíduo no papel...
o amargo
e o ácido
o sal e o mel
por ela engulo
até o insípido
e o resíduo no papel...
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
furiosa
pêlos, pés
saliva suave
abraços, cicios...
bocas e seios,
explodem a pele
com curtos pavios.
saliva suave
abraços, cicios...
bocas e seios,
explodem a pele
com curtos pavios.
sábado, 13 de agosto de 2011
sorrateira
quebrando o silêncio
ela sussurra
assobia
me assiste e me açoita.
poderia sentir serenamente
sua presença
mas deixo disso...
a preguiça
sossobra cada osso
embebendo-me
em puro ócio.
ela sussurra
assobia
me assiste e me açoita.
poderia sentir serenamente
sua presença
mas deixo disso...
a preguiça
sossobra cada osso
embebendo-me
em puro ócio.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Não
você, é certo, não sabe
da máscara que me cabe,
se quero viver a vida
ou desejo que se acabe...
não sabe um verso, não dança
e quando canta, é mal
da missa não sabe um terço
como pode ser meu sal?
nunca enfrentastes o lago
sob a fúria da ressaca
de mim, o que saberia
além da cor da casaca?
não se desmancha em carinho
nem sabe um conto de horror...
então é definitivo:
você não sabe o caminho,
não tem a senha de cor!
da máscara que me cabe,
se quero viver a vida
ou desejo que se acabe...
não sabe um verso, não dança
e quando canta, é mal
da missa não sabe um terço
como pode ser meu sal?
nunca enfrentastes o lago
sob a fúria da ressaca
de mim, o que saberia
além da cor da casaca?
não se desmancha em carinho
nem sabe um conto de horror...
então é definitivo:
você não sabe o caminho,
não tem a senha de cor!
domingo, 7 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
meu drão...
é, Erasmo...
desde eras remotas,
há sóis erramos!
aramos o campo
matamos a hera
cultivamos amor árido
arautos de dor e caos.
nem hereges, nem heróis
éramos nós
e noz.
desde eras remotas,
há sóis erramos!
aramos o campo
matamos a hera
cultivamos amor árido
arautos de dor e caos.
nem hereges, nem heróis
éramos nós
e noz.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
sem choro nem vela
amadureça amara amora
não me venha agora!
não cabe o mar...
(moer o coração
espalhar-se láctea
em miríade
de pedaços.)
não me venha agora!
não cabe o mar...
(moer o coração
espalhar-se láctea
em miríade
de pedaços.)