sexta-feira, 27 de maio de 2011

presença russa que me atiça e aguça

Ele entra sorrateiro nesta sala de jantar
e assiste ao que faço
eu em minha contorção
fica em silêncio e eu não creio
que não tenha o que falar
é bem real mas bem parece uma alucinação.

Do outro lado do planeta pisca em verde imenso mapa
e é dali que espiaria toda minha exposição
será que um dia conheceu-me? deu-me beijo? deu-me tapa?
por que viria com frequência, dia sim, semana não?

Sua presença me intriga mas não posso ser direta
pois não tenho em mãos os meios de inquiri-lo de uma vez
virá só pelas palavras ou virá pela poeta?
o que busca, insanidade ou restos de lucidez? 

Sempre que miro o painel, quando acesso esse espaço
vejo e ardem-me perguntas doloridas num soluço
quem me espia enquanto a lama destas palavras eu fuço?
acabemos com esse drama,
quem és tu, calado russo?

2 comentários:

  1. _Ouviu a moça! Pode ir respondendo, russo!
    _YA ne ponimayu, portugalʹskiĭ!

    xD

    Seus poemas são de encantar minha fala Eli! Saudades!

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  2. thi, ele voltou e não consigo rastreá-lo...snif... será que é uma loura alta? um gangster perigoso? um nerd de óculos quadrados????

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