sexta-feira, 1 de abril de 2011

Um olho mira, aponta, e erra em cheio o coração disparado.
Fora, cursor exigindo palavra, dentro, frases desconexas vertendo,
artérias estouradas.
Amanhece.

Susto e sono.
Silêncio,
só.

Pediria ao pai -  acaso pai houvesse -
a profissão de professar impurezas próprias...
Estabelece-se firme o caos da norma.
Amontoa títulos
ignora que, títere, a língua se desfaz, ilógica,
parada porque de céu desprovida,
pária, perdida.

Pobre boneco, esse contorcido.
Especula a tela, naufraga em mortos tecidos.
Inteiro entre feridos
alimenta-se, antimatéria,
apodrecido, solitário e deus:
Um poeta, para os seus.

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