Da consumação da ausência anunciada,
cento e vinte dias passados.
Vida que voa e quando eu a via indo,
em ti fui toda desesperança.
outrora.
O agora
presente convertendo-se em passado,
futuro em presente,
e outrora
ah, a vida que tivemos!
refiro-me a ela como uma amiga querida
muito conhecida
distante e feliz
uma linda e distante conhecida...
- naquela despedida
senti como se minha própria vida
estivesse indo um pouco pra longe de mim -
E se foram ligeiras as horas.
Por ora
tenho paciência comigo
com essa cara de quem quer abrigo
refletindo sóbria e solitária embriaguês
por ora
boto os travesseiros no sol e faço votos
de que o sol ignore o mar noturno
e nasça de novo.
por ora
sorrio, bebo, brinco
celebro a vida que ficou e essa saudade nova
invencível,
imortal!
Essa saudade nova que nem lápide com poema
nem beijo de morena
nem chocolate
nem cinema
podem apagar de vez.
Eli, estou lendo sua dissertação. É muito boa, parabéns! Está muito interessante, muito bem escrita.
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