sexta-feira, 22 de outubro de 2010

o que se perde

ficou sem comparsa
meio que sem querer
ele desistiu do crime

dispersa
ansiosa e com medo
calou-se em degredo
o sol quedando-se quieto sobre a pele nua
e um mar salgado correndo pelas faces rubras:

reinventar-se por completo
tornou-se o desafio mais urgente

6 comentários:

  1. Ela é forte
    Ele sempre lutou
    Ela sempre do lado
    Agora, separados
    Só de corpo
    Não de alma.

    Se cuide, flor. Estou do seu lado em pensamento.

    Liv macuxi.

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  2. Oi Eli, fiquei sabendo hoje sobre o que aconteceu. Eu sei que nessas horas nada do que falam, nos acalma, mas quero quero que vc saiba que estamos aqui para o que dere vier. Todos sabemos o grande homem que foi o Vavá`, o grande professor, me fez até gostar UM POUCO de história! Sinto muito mesmo!

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  3. Eu fiz esse poema antes de saber do fim da história. Na verdade ele mostra como o sofrimento de meu amado já o transformara. Deus sabe de todas as coisas. Tudo concorre para o bem, quando nos entregamos à Ele. Obrigada amigas.

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  4. Vá Vavá vá
    vá contar as verdades
    que tem nesse oceano
    de que fui feita
    vá contar minhas estrelas
    como quem deita
    risos na panela
    vá pela janela
    onde quer que eu me esconda
    e levante meu vestido
    num sussurro excitado
    Vá Vavá vá
    vá dizer aos que nos fizeram
    que somos fibra e corda
    e que continuaremos nossa trança
    com poesia e lembrança
    vá perder nossas tristezas
    nos descampados da lua
    e retorne trazendo a sua
    mão gentil
    um dia
    para que eu
    também possa subir

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  5. Desculpa se o poema for inoportuno, mas tudo o que consigo fazer, que talvez possa te deixar melhor, é essa homenagem. Adoro vc, como adorava o Vavá. Se precisar de ombros amigos, volto p/ RR dia 31/10. Beijos e muita força!
    Mibielli

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  6. Miba!
    Que linda homenagem, meu querido. Nada há nela de inoportuno. Vavá me fez poesia pura, e você bem capta isso no teu texto.
    Nesse momento de dor extrema, percebemos como é extrema a poesia de estarmos vivos.
    Quero vê-lo no domingo.
    Um beijo!!!!!

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