"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



quarta-feira, 11 de abril de 2018

Entre amigos

Foto: wildlifeday.org

o dia segue pro fim
flutuo na cadeira onde trabalho
trabalho, trabalho, trabalho 
e quase não caibo em mim.

não se descreve sensação tão grata
de desangústia e assossegamento, 
cansaço contente, de quê? Um abestamento
temperança na tempestade
a amizade é coisa de certeza insana: 
 - calma, bacana, que eles existem
e tudo está bem!

o coração bate tanto quanto 
ainda há coisas por fazer 
e males a sanar
e o mundo segue a girar e girar e girar.

mas hoje eu não vou,
fixei-me nesse espaço de me dar
tempo, um lar, amor, cuidados
meus amigos cultivados
amores pra se cantar

avisem à loucura que hoje não vou
porque estou plena
e a levitar. 
  

3 comentários:

Cora disse...

E eu aqui de madrugada
Improviso escritos curtos
Lembrei de repente da musa
E atinei para os meus surtos

As coisas por fazer são muitas
Me alegro que estejas bem
Passo para saudar-te
E lembrar-te de Belém

Que a amizade e as pessoas
Em algo nos fazem mudar
Os passeios e as conversas
Das docas daquele Pará

Quando falas dos amigos
Eu lembro de solidão
Eu aqui de madrugada
Escrevo pra inspiração

E leio o que tu escreve
E me alegro ao te ver carinhada
Os amigos que tu cultiva
São pessoas mui amadas

E parto agora de volta
Aos roteiros de HQ
Que lindo que tu está bem
Ai que saudade docê

Elimacuxi disse...

Cora, tanta coisa já dissemos...
e ainda há tanto pra dizer.
Te quero pra toda vida,
minha amada amante amiga,
pra sempre meu bem querer.

Das docas nunca me esqueço
Do açaí, da cerveja,
Dias de expor meu apreço
Do nosso jeito e hora veja:

Há coisas que o universo
Nos entregou de mancheia:
Nossa prosa, nosso verso
E todo o amor que os rodeia.

Ingrid Esteves disse...

Eu amei! Amo este "abestamento" por amores amigos. Vc nos presenteia com seus poemas querida Eli. Beijos com pleno afeto.