"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



sexta-feira, 15 de janeiro de 2016


eram turvas as águas,
havia restos de plantas
e sabe-se o que mais
no lodo do fundo.
era imundo
embora a luz brilhasse na superfície
embora o sol convidasse
embora tudo deixasse tão rapidamente
de fazer sentido.
respirou em cada poro
conscientemente incontido
despudoradamente corpóreo
enlevado de desejo e sombra
e jogou-se.

e ainda voa
quando o vento bate
na pele fina da lagoa.



3 comentários:

Marcelo Camacho disse...

Adoro sua poesia (também)!

Marcelo Camacho disse...

Adoro sua poesia (também)!

Luana Lima disse...

Sempre fico mais feliz aqui.