"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



sábado, 13 de outubro de 2012

Fastio

amanheci cansada
de todas as caras onde me abrigo
espalhadas como o campo
que o espantalho do espelho mira
hoje não haverá amigo velho
que dilua do dia esse gosto acentuado
de que vida voa e a morte espera

hoje acordei uma fera
com meus digeridos versos-rascunho
arquivados de próprio punho num autoimposto
sufoco.
hoje todo mal é pouco
porque o sol é louco
a pele está sensível
e a carne do coração
maturada.

Hoje é piada errada
porque, de mim,
amanheci cansada.


2 comentários:

Amanda disse...

Só vi agora, mas por incrível que pareça, amanheci e estou anoitecendo com um fastio danado de mim.
Amanda

Edgar Borges disse...

Vulga ressaca poética...