Em 2012, o blog vai continuar. No ritmo que o mundo mandar, o mundo do meu coração, que rege as minhas palavras. Agradeço a cada um que veio aqui, que comentou, que clicou dando sua opinião, que sugeriu temas, etc. Já começo pedindo desculpa a quem pediu um poema de ano novo... por mais que eu tente, ainda nesse dia 04, tudo me parece muito igual...
Abraço a todos, feliz 2012!
ANO NOVO
Eu, poeta do XIX
Eu, poeta do XIX
embriagada de luz e poesia
sinto a energia que me dedicas
quando inicia esse dia...
Mas é fato que ando
envolta em medo
e a causa não é outra,
não é segredo:
a outro meu coração tem pertencido.
Sei que é um outro
que me presenteia
com ausência,
negligência,
e outras formas de dor
diversas.
Ainda assim,
querubim,
não haverá novo ensaio
antes que feneça
esta antiga peça...
5 comentários:
Feliz ano novo Eli.
Não da pra questionar que a um ano atrás o mundo era outro. Mas mesmo que tenhamos percebido isso ainda fica difícil perceber que estamos em um ano novo, principalmente por que isso é um conceito e para fazermos parte disso precisamos estar envolvidos com as ideias desse conceito. Acho que era isso que meu pai falava.
'Anyway', querendo ou não, o ano acabou. Estamos em algo novo, mesmo que ainda não tenhamos sentido isso. Mas esse momento vai chegar, provavelmente depois do carnava, como de praxe.
Abraço e um feliz fim do mundo para você! XD
É Thiago... tens razão. O que se deve renovar é o que carregamos no peito e é exatamente o que tenho dito aqui... Meu mundo e meu tempo, na poesia, seguem outras convenções. Por isso o ano ainda não se renova. Feliz fim de mundo pra nós!
não sei porquê... mas lembro-me do ano passado como se fosse ontem, é como aquele efeito de idade nova, de vida nova, e nesse vai e vem de vida o que se cabe é que a gente se adapta.
Todo ano ele começava
o ano indo ao proctologista
e endocrinologicamente
não havia o que reprovar
nas suas resoluções
mas sempre havia um inimigo novo
para um antigo caso de ficção
científica que alguem
inventara num bar
ou uma fofoca eletrônica
com a qual lidar perigosamente
Todo ano ele punha os óculos
com um grau mais aumentado
e tentava do passado
ver o novo chegando inutilmente
já não se fingia assustado
com a idade que tinha
nem com os fantasmas
dos amigos mortos
não havia amores novos
a fome ainda tinha muitos zeros
não havia a paz mundial
e tudo só recomeçava
depois do carnaval
triste, né Mibi? Eu ando preferindo cegueira...
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