Imagem: FutureLife |
primeiro é silêncio
quebrado pelo teu gemido
aboiando meus desejos
pelo campo do corpo...
seca
cedo à sede
no lago da tua boca
e voo porque me beija,
brindando minha pele com a tua
sem censura sirvo-me, solta
e me sorves, e me sugas.
Sigo
quando imerso em mim
ponho-me plena, sua, serena,
mergulho no seu corpo,
que ao meu se aferra.
e somos um por um instante
em que saltamos no abismo
desfazendo as horas:
quando urras
e jorras.
Gostei das imagens que se formaram na minha cabeça, Bôta. Me dá vontade de escrever tbm! E acho que vou!
ResponderExcluirUm mergulho destemido
ResponderExcluirDou
Em direção ao mergulho que
Dás
E viramos água
Águas
ÁGUAS
Não há mais sede no lago da tua boca
Carícia pouca pela chuva cai de madura;
Liquidifica e em nossa coleção deságua -
Esta, múltipla e una como tudo e nada
Bebem meus e teus ex-desejos selvagens
Pastoreados pela coragem de ser e cuidar
Agora nossos mas não posses empréstimo
Emprestam-se pro rio do querer reciprocar
Também, nossos são o mar de gozo, de gosto sabido, e louco, a língua, que finca, e que fode, a boca, que morde os prazeres para não deixá-los ir, porque trago, e trago, porque trazes, e tragas, nossa paixão ondeante, e inalo, e inalas, e uso, e usas, nossos cheiros como droga, que vicia, e desliga, e alucina, e sobe, e desce, e balança, e continua a ondear
Corita dos meus cuidados, pois escreva e desnude essa tela pra nós! :*
ResponderExcluirVitor...
ResponderExcluircom língua delicada
afiro os cantos do verso
e desafio os cantos do corpo
pra te provocar
inspiro mais,
pra conter o cheiro e o instante,
o tempo reage e no seu levante
é um tsunami a me desarmar...
e somos a própria onda gigante
a nos completar
eu água
tu, ar.
E que assim seja no ano de 2018 ...pelo menos em tempos e lugares
ResponderExcluirO pertencer não pertencido.. o prazer sem algemas, a alma pequena!! Suficiente e impotente. Amei a poesia, Eli.
ResponderExcluirEita, nois!
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