quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Quedas da lua*

Estou aqui porque me obriga a vida
e os olhos reabrem apesar da ferida
da lua tantas vezes despencado
sem palavras, sou um poema mal acabado
e se o derradeiro verso ainda não foi dito
que venha mais praça, mais vida vadia que me abraça
mais cachaça, mais frio e calor e cansaço
e queda
tanto faz se a rima não arremeda
o que antes existiu e agora findou
como o dia que nasce,
voltará a noite
essa que eu cubro de amor
pra que me acoite
até que a poesia se faça completa
e eu morra e finalmente
seja estudado e amado,
considerado "poeta".

*Uma resposta para meu parceiro e comparsa, Roberto Mibielli.

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