quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Choque

Venta
e a gota ínfima
tremula sobre a folha
que torra sob o sol...

é assim
de fragilidade bruta
a existência que nos ilude
infinita de possibilidade e brilho.

Ela cai
num átimo some no chão:
nem sinal.

e não há silêncio:
é um zumbido louco que me ataca
cega, ensurdece, aniquila
faz chorar...
sempre choca
a lembrança incômoda de que o fim
sim,
pode estar em qualquer lugar.

2 comentários:

  1. Alimentado pelo zumbido do marimbondo
    Vago entre lembranças tortas
    A simples lembrança é sinônima de toda fragilidade que somos
    Lembrar é ter certeza de toda essa fragilidade

    Não há início, não há fim
    Somente veredas mais profundas
    Buracos mais fundos em que caminha o corpo
    Não o meu o seu, mas o nosso corpo,
    O corpo de nos(outros)

    A fragilidade não é do corpo
    Mas desse nosso corpo que insiste e persiste pelo tempo
    Esse corpo meu e outro cuja lembrança tenta agarrar entre os dedos
    Amarrar com suas linhas frágeis de mais pura ceda

    A água se esvai pelo ralo sobre o olhar atento dos gatos

    ResponderExcluir
  2. Alimentado pelo zumbido do marimbondo
    Vago entre lembranças tortas
    A simples lembrança é sinônima de toda fragilidade que somos
    Lembrar é ter certeza de toda essa fragilidade

    Não há início, não há fim
    Somente veredas mais profundas
    Buracos mais fundos em que caminha o corpo
    Não o meu o seu, mas o nosso corpo,
    O corpo de nos(outros)

    A fragilidade não é do corpo
    Mas desse nosso corpo que insiste e persiste pelo tempo
    Esse corpo meu e outro cuja lembrança tenta agarrar entre os dedos
    Amarrar com suas linhas frágeis de mais pura ceda

    A água se esvai pelo ralo sobre o olhar atento dos gatos

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