Eu, por mim. |
Meu eu sujo
não rejeito:
é trajeto desajustado
é jogo imperfeito.
Meu eu de mim sujo
é fruto do mundo
introjetado
em meu peito.
Não me parece abjeto
ser objeto
e eu suspeito
que tanta face
e tanto,
e mais,
é o que me apraz.
Entretanto
algo me espeta:
poderia o limbo
do eu dejeto
doado na poesia gorjeta
- ainda que lindo-
ser lido como o eu sujeito?
*poema inspirado na defesa da dissertação de Antônio Hilário, que analisou, entre outros "sujeitos", a mim.
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