O diabo do meu pai aparecia num redemoinho.
O diabo do meu pai adorava confusão:
gostava de se meter entre
irmãos que brigam,
amigos que brigam, casais que brigam.
O diabo do meu pai era corajoso demais
e seus seguidores
eram heróis.
O diabo do meu pai adorava beber,
fosse sangue,
fosse álcool,
ou os dois.
O diabo do meu pai era ladrão.
O diabo do meu pai roubava na escola.
O diabo do meu pai às vezes se fazia de bom,
ia orgulhoso à Igreja:
o diabo do meu pai era soberbo.
O diabo do meu pai era preguiçoso.
O diabo do meu pai não tinha data.
Foi num fevereiro que ele morreu...
E eu sinto uma saudade do
diabo
ao lembrar das histórias de diabo
do meu pai.
Gostei :)
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