segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Paciente

O velho latira a noite toda 
aquela tosse sem fim
ora sim, ora também,
ora sim, ora sim.

Esperou que a luz caísse do céu
com a salvação travestida de outras obrigações.

Antes das cinco,
saltou para o banho. 
Silenciosa,
saiu num pulo.

Embarcou para o trabalho no primeiro ônibus urbano
e seguiu adiante
espremida 
entre o cansaço e o alívio. 


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