segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Para Gabi*

Gosto quando a carne grita
quando a palavra brita exige reação
gosto de ver o humano quebrando
o que se convencionou
deveria ser equilibrado, metódico e imparcial

porque humano que é humano ferve
e gosto de quem ferve antes do final
de quem não consegue
apenas ficar olhando da janela

(hoje estou gostando muito,
sem igual,
da marília gabriela.)



*por seu 'porra' e tudo o mais durante a entrevista com Silas Malafaia

7 comentários:

  1. Gosto de mentes conturbadas em meio à discussão
    Gosto quando a alma ferve,
    Quando solta labaredas em meio às ideias
    Quando os pensamentos explodem, invadem e se dispersam

    Adoro a razão, a racionalidade toda
    Mas nada melhor quando ela se torna tola
    abrindo espaço pra um belo "porra"

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  2. O quanto há num olhar?
    Uma palavra?
    Um livro?
    Um abraço?
    Uma arma?
    Uma só alma?
    O porra nao foi nada.

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  3. Dizem que dessa porra de nada
    Nasci brigando com outros zóides
    Mas a maioria não quer nem lembrar
    E acha difícil pensar na madrugada
    Que o pai a mãe e outra moçada
    Fizeram de tudo em todo lugar
    Com a boca a mão
    e muito tesão
    na época em que porra
    era quase limonada

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  4. pois é, Alcemir, esse é o espírito.
    Aline, gostei do paralelo, nesse caso, realmente o palavrão foi belo.
    E lamento, anônimo, mas, para mim, 'porra' foi uma palavra que expressou tudo, a alma, o posicionamento, a incompreensão, a falta de paciência, o fim da linha.

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