segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Despreparo

quantas patas têm
as formigas do teu desdém?
em mim procuram comida
açúcar, trabalho, guarida?

por ora descanso
bebendo formicida.

4 comentários:

  1. Esse formicida seria coco-cola?!

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  2. Se pudesse sorver
    da formidável fonte
    brotada daquele monte
    não seria preciso sofrer
    com a falta formigando
    na memória fornicada
    de desdém e desmando
    bastava montar a escada
    e subir no mesmo rumo
    sem dor nem formicida
    misturando o suor e o sumo
    que resumem a morte em vida

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  3. Quem desdenha quer comprar
    buscando um resto na fresta
    um gesto, um olhar...
    despreparada sim,
    pra esse formigamento
    inquieto,incompleto.
    formicida que nada!
    quero interação
    que me faça mais inteirada
    mais que comida
    quero alimento
    pra minha alma lavada
    unguento
    com afeto discreto
    acolher meu gesto
    em seu teto.

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  4. Formicida não é coca-cola.
    Obrigada Roberto e Aléxia, lindos seus poemas. E fiquei sem palavras, feliz por tê-los provocado. Um beijo para cada um dos dois!

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