azulada
a pele acordada
desatando nós
desencontrados
teu suspiro
meu suspiro
desafio
arrepio
minha pele
tua pele
nosso cio.
ontem, nua
cavalguei a lua.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
de presentes e ausentes
no fim da noite infeliz
o presentinho
- esquecido sob a árvore -
questionava angustiado
com o tempo que lhe cortava a carne
feito foice a fino fio:
- não virá o esperado?
não fazia frio
era o retrato do abandono
o triste presente sem dono.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
é findiano
tanta alegria...
há um bicho que me arranha
por dentro:
não quero papo.
Tudo me cobra
a paciência que se exercita
mas é certo que estou um trapo.
Até que aceito e finjo bem,
mas odeio natal
e a obrigatoriedade da família reunida,
comida, bebida
etc e tal.
por isso, à meia noite
completamente despida
sob o céu e uma cortina de fumaça
quero que você me faça viajar
pra onde não haja mais nada:
nem família, nem comida,
a forçada alegria
hipocrisia
a me lanhar.
há um bicho que me arranha
por dentro:
não quero papo.
Tudo me cobra
a paciência que se exercita
mas é certo que estou um trapo.
Até que aceito e finjo bem,
mas odeio natal
e a obrigatoriedade da família reunida,
comida, bebida
etc e tal.
por isso, à meia noite
completamente despida
sob o céu e uma cortina de fumaça
quero que você me faça viajar
pra onde não haja mais nada:
nem família, nem comida,
a forçada alegria
hipocrisia
a me lanhar.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
ontem, no escuro
chorei feito criança
chorei pois a dança dos meus pensamentos
denunciava movimentos desesperados
nós desatados
desencontros e outros babados
que compunham uma colcha de horror.
ontem, no escuro do quarto
era noite e não acendi a luz
não acendi porque erroneamente supus
que isso iria aliviar a dor
ontem, um anjo triste me estendeu seus braços
destapei os olhos e me deixei verter
a duros passos, sem companhia,
num caminho de me perder
ontem, adormeci sozinha
tão só que a noite embrutecida
decidiu que seria companheira
foi-se logo embora
e amanheceu segunda-feira.
chorei feito criança
chorei pois a dança dos meus pensamentos
denunciava movimentos desesperados
nós desatados
desencontros e outros babados
que compunham uma colcha de horror.
ontem, no escuro do quarto
era noite e não acendi a luz
não acendi porque erroneamente supus
que isso iria aliviar a dor
ontem, um anjo triste me estendeu seus braços
destapei os olhos e me deixei verter
a duros passos, sem companhia,
num caminho de me perder
ontem, adormeci sozinha
tão só que a noite embrutecida
decidiu que seria companheira
foi-se logo embora
e amanheceu segunda-feira.
domingo, 16 de dezembro de 2012
para o melhor time do mundo
ouve o tropel?
hoje
meu coração que andava trotando
galopou o peito, violento
dentro
parecia se unir a outros milhões de corações
que também galopavam
num ritmo louco
eu fui ao céu.
(título mundial é pouco
eu amo mesmo é a Fiel)
domingo, 9 de dezembro de 2012
Fim do Mundo
e envolvimento:
pura proteção.
cuidado
e conforto:
um porto.
procuro meu fim de mundo
longe de agruras externas
e encontro no mais profundo
do entre de suas pernas.
"Buraco negro é uma 'coisa'
que de negro tem tudo
mas de buraco não tem nada."
prof. Renato Las Casas.
in www.observatorio.ufmg.br
sábado, 8 de dezembro de 2012
Poema com ciúme e tudo
Perdido em trilhas
virilhas novas
copos de maravilhas
versos e trovas
esqueceu os cabelos louros
esqueceu as falas e gestos
esqueceu as pernas abertas
esqueceu histórias e o resto.
Foi assim que veio o fim:
ele se meteu no fim do mundo
se esqueceu de tudo
e esqueceu de mim.
virilhas novas
copos de maravilhas
versos e trovas
esqueceu os cabelos louros
esqueceu as falas e gestos
esqueceu as pernas abertas
esqueceu histórias e o resto.
Foi assim que veio o fim:
ele se meteu no fim do mundo
se esqueceu de tudo
e esqueceu de mim.
sábado, 1 de dezembro de 2012
Vento
Van Gogh. |
por inconstância, por medo
por excesso de segredo
ou motivo que ignora.
Não venha ventar agora.
Meu tempo hoje é de bonança
então leve sua dança
em silêncio pra bem longe...
Não venha plantar ciúme
nem apagar o meu lume
esquecido de você.
- e não espere outra chance
já morreu nosso romance
te aconselho a me esquecer.