meu amor é minha praça
se a dor meneia
apagando a raça
o orgulho, a graça,
perdida e lassa
ainda alcanço a caça
que me trapaceia.
num mar de fumaça
me entrego àquele
que melhor me abraça
me aninho em sua trança
até que toda dor se desfaça...
mansa
toda doença
e crença
oscila e passa.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Carne moída
poderia ser servida
no almoço
sobre o macarrão
ou entre o pão
com queijo e molho
poderia ser a preferida
ração do meu cachorro
ou ficar esquecida
na geladeira
a carne, moída
restos ralados
de um bicho morto...
e hoje
(dor e dor e dor e dor...)
é dessa matéria que meu corpo
todo parece se compor.
no almoço
sobre o macarrão
ou entre o pão
com queijo e molho
poderia ser a preferida
ração do meu cachorro
ou ficar esquecida
na geladeira
a carne, moída
restos ralados
de um bicho morto...
e hoje
(dor e dor e dor e dor...)
é dessa matéria que meu corpo
todo parece se compor.
domingo, 25 de novembro de 2012
sábado, 24 de novembro de 2012
Aqui, em Marte
algo não vai bem
e ela vaga
suporta sentenças sem sentido
e sacramenta em sépia
todas as suposições transformadas em memória
debate-se dentro de si
sorrateira
silenciada e só
algo não vai bem
e vagarosa
a vida se converte
ora em morte
ora em arte
e ela vaga
suporta sentenças sem sentido
e sacramenta em sépia
todas as suposições transformadas em memória
debate-se dentro de si
sorrateira
silenciada e só
algo não vai bem
e vagarosa
a vida se converte
ora em morte
ora em arte
sábado, 3 de novembro de 2012
do dia dos mortos
minhas entranhas
absurdamente estranham
o que a imginação descerra:
a imagem da carne amada
desmanchada
numa caixa de madeira sob a terra.
é por isso que ao dois ignoro
se puder, sequer me lembro:
indo direto do primeiro
para o três de novembro.