quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ausente

onde a palavra faca pra cortar o gelo?
onde a palavra ponte cortando o horizonte?
onde a palavra sal, suprimento, esteio?

nem palavra, nem frase, nem verso...

em que universo você anda?
o quê é que a tua verve susta?

me conte...
pois você, silenciosa assim,
me assusta.

3 comentários:

  1. O que queres saber dessa minha vida curta e murcha?

    Prometi silêncio e não mais incomodar
    Magoaram-me as palavras sobre você sequer lembrar

    Pediu que eu assinasse e continuo a me recusar
    Que sentido irá fazer eu me revelar

    Mas vou prosseguir e te contar da minha vida

    Não tenho surpresas e acho que estou bem
    Ando meio perdida, mas não estou sem ninguém

    Será que vou casar e encontrei a escolhida?
    Esta pelo menos nunca temeu viver comigo uma vida

    As lágrimas da minha fragilidade sempre caem e me sinto meio só
    Mas vou seguindo com a vida, engolindo cada nó

    Eu vou sobreviver
    Seja sem alguém, sem esta, sem todos, sem você

    ResponderExcluir
  2. Desculpe, mas era por mim que eu eu procurava.
    Ainda que eu sinta
    a única ausência verdadeiramente insuportável é a minha
    e o único silêncio que me assusta
    é o meu.

    ResponderExcluir
  3. Arroubos, rompantes e delicadezas.
    Uma oscilação de ternura e intensidade que comove.

    ResponderExcluir

Diga o que pensou, o que sentiu, se concorda ou não... DIGA ALGUMA COISA!