quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

de memória

A loucura é magra
branca e pequena
tem fala serena
numa voz que é rouca.

A loucura
se vista de cima
até parece pouca,
quase não alucina.
Mas deixa seu rastro,
o raro escorpião:
a tudo destrói
tudo põe no chão...

A loucura não se rende
invade a memória
e destrói 
devaneios de outrora...

Não me iludo
não sei de tudo
mas algo sei:
para ela, não há lei
a loucura é bárbara.

7 comentários:

  1. Muito boa composição companheira, é preciso manter a ternura!

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  2. bárbara, bárbara, nunca é cedo, nunca é demais :) belo poema

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  3. Ja é tarde e ja é demais.

    A pequenez só ilude a grandeza que dela vem.

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  4. "E que a minha loucura seja perdoada. Porque metade de mim é amor e a outra metade....também." Oswaldo Montenegro

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  5. além da Bárbara da Ângela Roro, tem a do Marcelo Camelo: "ô Bárbara, não maltrate meu amigo, pois eu sei que seu coração só pensa em Bárbara..."

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  6. o peso de se carregar um nome
    tão forte e tão leve-doce
    que se acomoda na boca dos homens

    por que será que nunca some
    essa lembrança meio perdida
    tão turva, de uma vida, que tanto te consome

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  7. por que memória é o extrato
    de que se compõe o abstrato
    do eu, do meu, do que foi e nem foi

    porque os relógios da memória
    são moles, como ensinou Dali
    e talvez a falta de imaginação
    leve o coração a caminhos
    que já persegui

    porque a imagem tua
    é doce e pesa
    e, por que não assumir?
    às vezes, bêbada e com a cheia lua
    fico lesa.

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