sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ferviam medos,
favos e férias
quando ferviam filhos:
trilhos novos
para a estrada.

O tempo amorna as pimentas de outrora
os caminhos fugiram estreitos de chão
nem coelhos nem doces na primeira hora -
sem mentira sincera. Sem ilusão.

Há silêncio na casa, quase todos dormem

domingo de páscoa, domingo comum

observo os novos medos que me movem
eu estou em todos
e não sou nenhum.

4 comentários:

  1. sem medo ou com medo é quando desperta um louco desejo..

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  2. sou meio ao contrario, eu sou nenhum medo e estou em todos...belo poema

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  3. Nas sextas-feiras ela vestia vidros
    e saia em abóboras conversíveis
    nunca retornava
    mas sempre tinha de si
    para a sexta seguinte

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  4. Rubens

    estar em todos
    e não ser nenhum medo
    é puro degredo

    Mibi
    Sexta feira santa
    a mulher vestida de vidros
    arranca peles e planos

    deixa de si um rastro
    rubra seiva
    morre
    para renascer aleluia
    severa e serena
    sex suada
    extrema

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