domingo, 7 de junho de 2009

Eu sou um caso perdido,
com o coração pespontado, finjo que morro e escancaro:
- socorro!
e qualquer um que socorra
estará em bons lençóis,
verá meus poemas começando os seus dias
feito sóis
e meus dentes mastigando a sua carne,
feito um cão.

Meu coração remendado
feito um trapo
já nem bate mais,
tem medo de fazer soar
seu soluço, seu soluço, seu soluço
e entender sem susto que tudo isso denuncia
minha incapacidade óbvia de bem amar!

4 comentários:

  1. Teu poema começando um dia como um sol, consigo ver...

    E o Luiz Tatit manda muito bem mesmo, ele compõe pra minha cantora Brasileira preferida atualmente, a Ceumar...músicas lindar...

    Beijo Eli.

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  2. Não acredito que vc não possa amar! Tenho certeza que vc ama sem pudores e temores! Esta maravilhoso!
    Alcemir

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Ser poeta não significa necessariamente escrever o que se sente.
    É só lembrar de Fernando Pessoa, o poeta fingidor.
    Mas cada um é cada um.
    Talvez nada seja constante e sendo assim é melhor. Como ja dizia Clarice Lispector.
    E como não sou boa em criticas, fico por aqui apenas parabenizando essa professora que tanto me inspirou na escolha do meu curso. :]
    Excelente poema, Eli.

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