Eu sou um caso perdido,
com o coração pespontado, finjo que morro e escancaro:
- socorro!
e qualquer um que socorra
estará em bons lençóis,
verá meus poemas começando os seus dias
feito sóis
e meus dentes mastigando a sua carne,
feito um cão.
Meu coração remendado
feito um trapo
já nem bate mais,
tem medo de fazer soar
seu soluço, seu soluço, seu soluço
e entender sem susto que tudo isso denuncia
minha incapacidade óbvia de bem amar!