quinta-feira, 30 de junho de 2011

(in)consciência de si

Aula da tarde. Na hora da saída caiu um puta pé d'água. Eu corri no começo, mas lembrei de um verso que diz que a gente corre como se chovesse de trás.

Parei no meio da rua. Ela impiedosa.

Deixei que me lavasse. Subordinei-me à hierarquia das gotas. Caminhei devagar até o carro, voltei ensopada para casa.
Estou nessa. Rendida ao que vem de cima, tranquila, ré confessa. Não é só bossa. Já posso saber que é só o amor quem aquece meu irretocado espírito byroniano.

E que, a qualquer hora, pode chover.

6 comentários:

  1. Gosto muito do espírito relexivo e das atitudes cotidianas que geralmente nos privamos de tomar!! Poema nota 10!

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  2. Eu gosto de chuva, ainda mais depois de um dia infernal como o que estava hoje.
    E que venham as águas de julho.
    bjs

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  3. A qualquer próxima chuva me subordinarei a essa hierarquização das coisas do céu. É uma coisa maravilhosa e muito ignorada.

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  4. Prestar atenção em todos os benefícios que recebemos dia após dia é algo sublime.
    Seja uma chuva que de repente cai, seja no sol escaldante que nos suga.

    Gosto dessa sensação.

    Mudando um pouco o assunto...

    Já ouvistes a banda "Pedra Branca"?
    Algo me diz que sim, mas mesmo assim deixo aqui a sugestão.
    A música "Itapuã" fez-me lembrar das maratonas.
    Tempo bom aquele, viu?

    Obrigada e bom fim de semana!

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